Artigos / Airton Reis

02/04/2015 - 20:40

Valia e valentia presidencial

Probidade por princípio. Honestidade por primazia. Liberdade nunca tardia. Igualdade por Lei. Paz social. Representação política. Estabilidade econômica.  Apogeu comercial. Pólo industrial. Responsabilidade ambiental. Educação em tempo integral. Saúde aquém de um hospital. Infância em nada marginal. Juventude escolarizada. Universidade em esquadria. Cidadania ampliada.

Democracia reformada.

Mudança ou continuidade do banal? Cobrança eleitoral protestada ou brioche presidencial? De quatro em quatro anos. De quatro em quatro desenganos. De quatro em quatro danos. Donos dos destinos corrompidos. Donos dos mandatos visualmente desvalidos. Donos dos poderes emanados do voto livre, secreto e universal. Donos do Brasil não mais imperial.

Nessa via, perguntamos: Há duques, além de Caxias? Há marquesas, além de Santos? Há baronesas, além de Vila Maria? Há viscondes, além de Sabugosa? Há cravo ferido? Há rosa despetalada? Há Palácio, além de uma Alvorada? Há fome zerada? Há famintos de poder? Há relapsos em dever? Há distantes em obrigação? Há mais circo ou há mais pão? Há verdade ou há enganação? Há improbidade ou há quadrilha em delação?
   
 Nesta poesia, respondemos: Há bala e há fuzil. Há violência e há insegurança. Há memória e há lembrança.

Há Antonieta em nada francesa. Há nobreza em nada inglesa. Há insatisfação mais do que popular. Há um País para governar. Há um povo para assistir. Há uma Pátria para construir. Há uma população para respeitar. Há um só Estado para conduzir. Há mais de uma promessa eleitoral para cumprir. Há um Congresso Nacional deveras ilibado e independente. Há os encargos institucionais inerentes aos mandatos de uma presidente.

    Povo brasileiro: Feliz, descontente ou conformado? Eleitorado: Fluente ou influenciado? Respeitável público pagante ou chumbo trocado? Corrupção: Substantivo ou predicado? Desenvolvimento sustentado: Adjetivo ou coletivo de elefante mumificado? Sujeito simples ou sujeito mal intencionado? Sujeito composto ou sujeito alijado?

    Presente de volta ao passado. Futuro incerto. Futuro ignorado. Futuro conturbado. Foram-se os anéis. Ficaram os dedos amputados. Dedos ou segredos ainda não revelados? Esquemas esquematizados. Outrora colarinhos engomados em chicanas. Hoje ninhos dispersos e concentrados de ratazanas.

   “O rato roeu a roupa do rei de Roma”. Decreto real: Uma ratoeira foi armada. Desfecho final: O rato voltou escaldado. Mas não é o “gato escaldado que tem medo de água fria?”. Trocando os ditados populares quem sabe os pingos retornem aos lugares devidamente marcados.

    Trocando em miúdos, o tempo urge para apenas e tão somente confabular. Trocando a letra “e” pela letra “a”, o que opinar? Temos uma presidente ou uma presidenta para o Brasil governar? Alto lá! Uma troca ortográfica não é trocadilho. Milhão não é aumentativo só de milho. Nem sempre tal pai, tal filho. Nem sempre piso vermelhão tem o brilho de piso com ladrilho.

    Mas, filho de peixe sempre é nadador. Onde há fumaça, o fogo pode ser abrasador. Dilma decreta. Dilma decretou. Dilma continuará presidenta ou Dilma já vacilou? Quem perdeu? Quem ganhou? Quem aprendeu? Quem ensinou? “Olho por olho; dente por dente”. Nem tanto Talião, nem tanto Tiradentes. O certo é que, diante de tantas dúvidas, temos uma certeza: Haveremos de ter outros presidentes de fato e por direito valorosos e valentes!
Airton Reis

por Airton Reis

É poeta em Mato Grosso
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