Artigos / Wilson Fuá

14/03/2015 - 10:17

Diretores ontem hoje delatores

 
                     Aparelharam a Petrobras e a maioria dos órgãos públicos deste país, para viabilizar a canalização dos recursos do erário para os partidos, institucionalizando percentuais como forma de caixa 2, tornando as eleições não democrática e usando um meio de financiamento desonesto para perpetuar no poder.  

           O câncer da corrupção está institucionalizado, esses “indicados por políticos” conseguiram destruir até a Petrobras que era considerada a empresa orgulho do país, a 4ª maior empresa petrolífera do mundo, que tinha desenvolvido as suas atividades em 27 países e atingindo os 4 continentes, gerando emprego para 90 mil funcionários, ela sozinha respondia por 10% do PIB. Essa empresa que é orgulho do país, estava nas mãos de bandidos indicados por políticos para desviar recursos para campanhas e irrigar contas nos paraísos fiscais.

            Diretores ontem e hoje delatores.

           A operação “lava-jato” desnudou o maior escândalo de desvio de recurso público no país, e o que se houve falar, é que não vai parar por aí. A roubalheira estava institucionalizada dentro da Petrobras, basta ver o que os delatores disseram:  

PAULO ROBERTO COSTA – disse: “que 3% dos valores dos contratos que ele agenciava na petrolífera eram pagos diretamente ao PT, a título de propina”.

ALBERTO YOUSSEF (o doleiro) -  afirma que:  realmente “lavava” dinheiro destinado ao pagamento de propinas e financiamento de campanhas dos candidatos do PT.

AUGUSTO MENDONÇA  - Executivo da Toyo Setal – afirmou que: “ celebrava contratos com a Petrobras mediante pagamento de propina tão somente ao PT e seus aliados”.

PEDRO BARUSCO – Executivo da Petrobras, disse que: “ o PT recebeu entre U$ 150 e U$ 200 milhões de dólares de propinas na última campanha. Esses valores não têm comprovação por documento e constituem apenas uma “estimativa pessoal” do próprio.

         Para esses que defendem a democracia dessa forma, usando recursos da Petrobras como caixa 2, e não quererem ver a verdade, e sai por aí dizendo que a elite branca e de olhos azuis é que não aceita a derrota e quer o 3º turno, se prepare que virão coisas piores, o povo que paga impostos já está no limite. 
       
    Não é só a elite que está sendo roubada, o país está sendo roubado, as chaves dos cofres estão nas  mãos de pessoas sem escrúpulos, esses delatores são bandidos travestidos de diretores, esses delatores passaram as mãos em somas milionárias, nas “barbas” das autoridades com a maior liberdade, como se a Petrobras foi propriedade privada dos partidos, usaram  e abusaram.

         Belos tempos e onde as campanhas políticas se resumiam em comícios nos bairros e os partidos eram agremiações com tradições e o povo fazia questão de dizer eu sou filiado neste partido. Ficaram para traz os momentos festivos da democracia e das campanhas, ficavam apenas lembranças das sujeiras,  dos cartazes colados nos postes e nas ruas ficavam o lixo dos santinhos com nomes e fotos dos candidatos que eram facilmente limpados pelos garis. Mas, hoje as sujeiras das campanhas dão muito trabalho para Polícia Federal, pois são ações de conluios entre o público e o privado, exercidas por ações criminosas, onde os recursos de financiamentos de campanhas têm suas origens duvidosas, mas  que os candidatos “enche a boca” ao justificar que todos os recursos da “minha campanha” são legais e estão registrados na prestação de contas.        
            
Mas, muitos eleitores são influenciados pelo poder econômico, poderes invisíveis que patrocinam as campanhas cinematográficas, abastecidas por financiamentos vindos das empresas riquíssimas que desejam repartir o poder com os eleitos, conforme o que consta nos depoimentos  do doleiro Youssenf (recursos desviados dos cofres públicos  são usados em campanhas políticas em forma de caixa 2 – não declarado e em espécie).

         Aqueles tempos românticos e festivos da democracia, a muito já se foi. Hoje é o poder econômico que financia as campanhas e  depois apresenta a fatura, e aqueles eleitos  que fizeram grandes  pactos camuflados  como a “coisa ruim”, perderam as suas identidades, a sua reputação e a sua excelência, ao dividir o seu poder delegado pelo povo, no cumprimento de acordos invisíveis e sujos, sujeita a desempenhar pactos com quadrileiros e bandidos, e ficará refém do poder econômico que financiou o caixa 2 das campanhas, unidos por 04 anos ou  até que o MPF e a POLÍCIA FEDERAL os separem.  
Wilson Fuá

por Wilson Fuá

É Especialista em Recursos Humanos e Relações Políticas e Sociais
wilsonfua@gmail.com
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