Artigos / Airton Reis

06/03/2015 - 10:59

Marchas de Março

     “Sentido à democracia! Sentinela da cidadania! Valentia em brado retumbante! Aquarela emoldurada por sociedade atuante! Marcha sem marechal. Marcha nacional. Marcha civil! Marchemos nós. Marchem os versos e a voz. Marches tu Brasil!”. (Airton Reis, 2015).

      Dois Poderes maculados. Duas verdades para avaliar. Versos de par em par. Verbos governar e legislar. Primeira e Segunda Pessoa. Singular e Plural. Vós, voto, vez e voz. Conosco a política algoz. Convosco a prevaricação. Partidarismo exacerbado em ação. Emissores de uma falácia movida pela corrupção.
    
  E contigo caro habitante da Terra outrora da Santa Cruz? Tudo na Santa Paz? Tudo em calmaria? E a vossa cidadania? Quantos a conta da energia? Quantos os impostos derramados no cofre de um leão? Quantos os famintos por liberdade além de uma expressão?

      A gente não quer só pão assistencial. A gente não quer só circo presidencial. A gente quer fazer valer a nossa Carta Magna Constitucional. A gente quer saúde não só por pela dignidade mais do que existencial. A gente quer educação integral por prioridade mais do que institucional. A gente quer viver em liberdade certa e assegurada pela legislação federal.

     A gente quer que a senhora improbidade, aqui e acolá, seja enquadrada em lei. A gente quer um país republicano sem rainha ou rei. A gente quer uma Pátria com princípio, meio e fim. A gente nega todo e qualquer estopim. A gente quer “de fio a pavio”, o bem do Brasil. A gente quer um país por inteiro. A gente tem orgulho em ser brasileiro. A gente quer de volta a nossa Mãe Gentil! Por isso, Marchas em Versos: Em Cantos Mil!
    
  Tem circo e tem pão.Tem democracia em vão.Tem projeto sem execução. Tem obra pública pavimentada pela corrupção. Lá vai o trem. Lá vem o vagão. Trilho e estação. Lá se foi o corrompido. Lá se foi o denunciado. Lá se foram o Cruzeiro e o Cruzado. Lá vem o leão esfomeado do imposto de cada dia. Lá se foram todas as notas do Real em diminuta valia.

      Lá, lá, lá... Luz, trevas ou insensatez? Cá, cá, cá... Quem conduz? Quem desvia? Quem assina a total invalidez? Em marcha, a voz e a vez do povo brasileiro acuado e sem representação. Em marcha, os versos de uma poesia em construção. Em marcha, os percalços de uma pátria com o nível e o prumo na mão.

     Ordem além de uma orquestra em temporada. Progresso além de uma melodia mais do que executada. Nota sem partitura. Escala em mais de um escalão. Batuta sem regência. Brasil em emergencial operação. Tostão mais do que furado. Vintém de cobre falsificado.

     Tem trono? Tem cara? Tem coroa? Tem popa e tem proa. Tem navio, tanque e avião. Tem povo inconformado. Tem marcha e tem pelotão. Tem rua, tem praça e tem avenida. Tem televisão colorida. Internet também tem. Lá vem o trem desgovernado. Cá está um mamute congelado.

     Tem cidadão calado e tem cidadão falante. Tem respeitável público pagante. Tem dominado e tem dominante. O que mudou? O que prometeram? O que mudará? O que nos esconderam? Tudo pelo Brasil. Tudo por Mato Grosso. E por Cuiabá? Tudo passa? Tudo passará? Passeata em Marcha: Lá e cá! Reforma política já!
Airton Reis, professor e poeta em Cuiabá-MT. airtonreis.poeta@gmail.com
Airton Reis

por Airton Reis

É poeta em Mato Grosso
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