Artigos / Dirceu Cardoso Gonçalves

02/03/2015 - 17:23

Câmera, fundamental na ação policial

            A tecnologia é, sempre, desenvolvida para servir ao homem. A falta de dinheiro, no entanto, costuma manter extensas faixas da população por longos anos sem o beneficio proporcionado pelos engenhos saídos dos laboratórios. A câmera de monitoramento é um excelente auxiliar e protetor da vida. Já nas suas versões primárias, de duas ou três décadas atrás, foi usada para a proteção de estabelecimentos comerciais e de áreas comuns de prédios e indústrias. Quando passaram a “enxergar” mais longe, com maior nitidez e possibilidades de ampliação e aproximação de imagens, tornaram-se indispensáveis para a segurança de ruas e até de rodovias. Mas, infelizmente, ainda não chegamos a um nível de investimento compatível com a disponibilidade dos recursos dessa área.

            Cidades interioranas e pontos distintos das capitais já são servidos por câmeras que atuam como eficiente coadjuvante da prevenção e combate aos furtos, assaltos, perseguições e outros crimes. Nas principais rodovias, os centros de monitoramento permitem o acompanhamento de veículos suspeitos e a sua abordagem em segurança, algo muito diferente das perseguições, que podem resultar em baixas.

            Comerciantes, industriais e outros empresários de diferentes localidades, investiram ao longo dos anos, em câmeras. Com isso protegeram seus negócios e até os seus vizinhos. Hoje, no entanto, dada a potência dos equipamentos disponíveis no mercado, o ideal seria que os governos utilizassem na compra de sistemas de monitoramento parte de seus recursos destinados à segurança pública. De uma central de acompanhamento, os policiais pilotos teriam condições de “patrulhas” vias e bairros e para lá enviar viaturas só quando ocorre a presença de suspeitos ou, então, se perceber a prática de um crime. Homens e viaturas seriam mais preservados e melhor empregados na tarefa de proteger a população.

            Nas últimas décadas, os diferentes sistemas de imagens e sons tornaram-se compatíveis. Bom será o dia em que todos os lugares estiverem vigiados por câmeras e o sistema tiver condições de receber as informações geradas pelas portarias de edifícios, interior de estabelecimentos e outros pontos passiveis de assaltos ou qualquer outro crime. No dia em que isso ocorrer é porque já chegamos ao hoje futurista momento das “casas inteligentes”, onde o morador e capaz de ligar e desligar os eletrodomésticos e monitorar o imóvel através do celular. Não estamos muito longe desse dia. Mas é preciso que os governantes e as autoridades da segurança pública pensem e invistam maciçamente na tecnologia auxiliar. Não é só de armamentos, viaturas e homens que se faz a boa polícia. É preciso agregar todos os meios possíveis e imagináveis de comunicação. A maioria deles passa pela câmera...
Dirceu Cardoso Gonçalves

por Dirceu Cardoso Gonçalves

Tenente – dirigente da ASPOMIL (Associação de Assist. Social dos Policiais Militares de São Paulo)
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