Jornal Oeste

E nos muitos elogios escreveu que o Pantanal tem dez milhões de jacarés. Digamos que seja a metade. 

Imaginemos que cada jacaré coma somente meio quilo de peixe por semana ou dois quilos por mês. 

Seria, no caso, dez milhões de quilos. Multiplicado por doze meses dá um número que até espanta. 

Não dá nem para conversar sobre algum tipo de controle inteligente dessa imensidão de jacarés? Será que não ajudaria o próprio Pantanal?

Uma PhD norte americana, especializada em problemas hídricos, veio prestar assessoria ao governo de S. Paulo sobre o assunto. A Califórnia, onde ela trabalha, tem enorme problema de água também. 

Ela, em entrevista a um jornal paulista,disse que quando ia do aeroporto para o hotel viu um rio cortando a cidade. Perguntava, surpresa, como podia ter crise hídrica num lugar que tem rio perene? 

Deve ser o poluído Tietê. São Paulo tem ainda o rio Pinheiros. Se esses rios fossem tratados não daria para ter água deles canalizada para os reservatórios? 

O governo federal vai privatizar outras rodovias no estado. O governo tem poucos recursos e, quando aplicado, uma parte some e a obra nunca é de qualidade.

A grande notícia nesse assunto é o PT aceitar fazer privatizações ou, se preferir, concessões.  O governo Lula não fez nada disso e o da Dilma, quebrando uma tradição de gentes que se diz de esquerda, topou fazer o óbvio.

Candidatos à mesa da Assembleia Legislativa, em momentos diferentes, disseram que iam destinar parte do duodécimo daquele poder para assuntos de interesse do povo. 

Esta coluna vem defendendo isso faz tempo. Se a Assembleia, que vai receber mais de 400 milhões de reais em 2015, destinar 10% por ano se teria em quatro anos mais de 160 milhões de reais para construir um hospital de qualidade na capital. 

Será que o Tribunal de Contas não entraria nesse ciclo de bondade também? 

Até que enfim, a classe política de Rondonópolis se movimentou para tentar transformar a UFMT dali em uma independente da de Cuiabá. 

Repetir o que se tem no Mato Grosso do Sul com uma Universidade Federal em Campo Grande e outra em Dourados. 

A situação financeira do governo federal chegou ao ponto de não liberar recursos para embaixadas do Brasil no exterior para pagamentos de contas simples como luz, telefone e água. 

Numa delas um embaixador, para não ter a luz cortada, pagou do próprio bolso. Outro caso é o atraso que o Brasil tem com os repasses para a ONU. Deve mais de 600 milhões de reais. 

Fatos como esses, mais o escândalo da Petrobras, aparecendo como notícias no exterior acabam manchando a imagem do país.