Jornal Oeste

Feito o pedido de abertura do Quinto Constitucional (já tem mais de um ano), com a possibilidade de que toda a advocacia mato-grossense venha a participar e a votar a escolha do Desembargador proveniente da categoria, até o presente momento mantém-se inerte e calado o i. Presidente, Dr. Leonardo Campos, como que, aparentemente, deixando o tempo passar.

Certamente não colocará a sensível proposta em votação, muito embora tenha tido tempo e condições para tanto.

É uma pena. Foi um bom Presidente, mas poderia ter entrado na história da OAB-MT, como aquele que, reconhecendo o amadurecimento da advocacia no Estado e a importância da democracia, tocando o umbral da Constituição, promoveria a descentralização do poder, permitindo que, principalmente, o interior e os mais relegados advogados e advogadas (notadamente os Jovens Advogados), acessassem também as zonas sensíveis das decisões políticas fundamentais da OAB-MT.

Fico triste, a mim me parece que pautas como “armas para a advocacia” e assuntos como “impeachment do Presidente da República” são mais importantes e caros para a OAB-MT, como fez grassar nota oficial, ornada no populismo do momento, da instituição recentemente. 

Realmente, dividir o poder é difícil, mas cada vez mais tem sido necessário. Dividir o poder implica garantir participação aos advogados e advogadas do Estado, sem diferenciações. 

O futuro é a abertura do Quinto, inegavelmente. Mas quando o futuro chegará ao Mato Grosso (?), ninguém sabe, afinal. Avizinham-se as eleições da OAB, à escolha das diretorias que administrarão, na Seccional e Subseções, os advogados e advogadas no Estado.

A questão que fica é: qual das chapas que aventam se lançar, na Seccional e nas Subseções, defenderá a abertura do Quinto Constitucional à votação de toda advocacia de Mato Grosso?

Paira um silêncio indeciso...