Jornal Oeste

Acostumamo-nos com as coisas. Temos medo das mudanças e acomodamo-nos passivamente. A vida passa lentamente, às vezes, rapidamente e não notamos o que acontece a nossa volta. Uma folha que cai lentamente de uma árvore qualquer. Um cão que ladra ferozmente pela ameaça que tenta repelir. Uma criança que chora desejando o seio da genitora. Acomodamo-nos com a vida corriqueira. Com o choro sentido de pessoas desoladas. Com as falsas gargalhadas de gente que se acham no direito de zombar de todo mundo. Gente que caminha como se o mundo os pertencesse. São parasitas de um mundo utópico que se arrasta para a solidão.
É preciso parar e refletir sobre o que fazemos de nossa vida. Onde estamos direcionando os nossos ideais e para onde conduzimos nossos passos.

Chega um momento na vida em que precisamos sacudir o mofo da rotina e provocar uma revolução nas estruturas de nossas vidas. Combater o marasmo que sorrateiramente apossa de nossas energias e as sugam como sanguessugas destrutivas. Transformar as incertezas em objetivos traçados para uma nova realidade. Acreditar que é possível caminhar novos horizontes e alcançar novos objetivos.

O mofo é ruim. Ele nos tira o sentido da vida. Esconde-nos e não nos deixa viver. Precisamos entender que a beleza física é transitória e não permanece para sempre. Por isso, é importante sondar a beleza interna das pessoas que convivem conosco. Por exemplo, há flores belíssimas que só duram poucas horas. Logo murcham e se deteriora. Por outro lado, as pedras, que alguns podem achar feias, duram milênios e realizam suas tarefas.
Dessa forma, não podemos ser levianos. Em vez de preferir o que é efêmero, que possamos escolher o que é eterno, isto é, a beleza interna e à sabedoria. O que pode ser mais duradouro do que o conhecimento que adquirimos?

Neste momento abalo o mofo da rotina e convido todos a uma reflexão profunda de mudança de atitudes. Sozinho posso mudar a minha essência. Juntos, podemos mudar o mundo!