Artigos / Airton Reis

18/12/2014 - 14:38

DONA DANINHA – (VERSOS EM PROSA)

      Dona daninha em véspera de Natal. Dano avermelhado. Dedo apontado. Desenvolvimento dito sustentado. Descalabro nacionalizado. Demérito reeditado. Desonestidade em ação. Desmantelamento cidadão.

Desmatamento continuado. Desnatural adulteração. Desnorteamento institucionalizado. Desconforto geral. Desqualificação presidencial. Despique eleitoral. Despersonalização moral.

       Dona daninha despersuadida. Dedo na ferida. Dentada do leão. Desregramento em bis e em refrão. Desprestígio conceituado. Dissabor dessalgado. Desassossego civil.  Dessecação do Brasil. Destemperança governamental. Destroço palaciano. Desvalimento republicano. Destroço estatal. Desunião federal. Desvio ilegal. Deterioração nacional.

       Dona daninha devoradora. Diagnose abreviada. Dicotomia politizada. Difração ondulada. Difusão ilimitada. Dilapidação continuada. Dignidade maculada. Diligência ignorada. Dilema com hora marcada. Dinâmica alterada. Diplomação duplicada. Direito, dever e obrigação. Diretório, diretoria, direção. Discernimento indisciplinado. Dirigismo econômico descontrolado.

       Dona daninha discordante. Disparate desimportante. Disfarce dissimulado. Dispensário social. Dispersão salarial. Displicência regimental. Dissonância regional. Dissimulação ministerial. Distanciamento popular. Distorção parlamentar. Dobradiça enferrujada. Dogmatismo domesticado. Dossiê publicado. Dormideira e dramalhão. Dubitação. Dupla duração. Duquesa sem brasão. Dureza duvidosa. Dúzia de treze. Dissipação em nada gloriosa.

       Dona daninha em prosas. Dois cravos. Dezenas de rosas. Dissonância em nada musical. Dissimulação federal. Disponibilidade processual. Distorção ilegal. Despersonalização impessoal. Desapontamento despachado. Desolação desordenada. Desocupação desenfreada. Desluzimento mais do que estelar. Deslustre ímpar. Deslumbramento de par em par.

       Dona daninha desembaraçada. Dona daninha desimpedida. Dona daninha desenraizada. Dona daninha deslumbrada. Dona daninha desenfreada. Derrapada? Não. Desenredo. Descarrilamento da Nação. Descalabro da corrupção. Desautorizar a desanda em desalinho à Constituição. Desamparados em desagravos pela desagregação. Desadorar mesmo que em vão.

       Dona daninha em franca denudação. Demissão ou demanda? Decoro ou defensão? Decorrência ou dedução? Danificação! Destarte, qualquer um destes versos não é mera coincidência ou quiçá ficção. Por ora, quem entrou pela porta da frente, nem sempre por ela mesma sairá. De resto, a Petrobrás é muito mais que um mero blá blá blá. Airton Reis, professor e poeta em Cuiabá-MT.
Airton Reis

por Airton Reis

É poeta em Mato Grosso
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