Quando as pessoas envelhecem, se tornam introspectivas e se voltam para o passado, tentando de alguma forma reativar e usufruir de toda beleza e alegria “experenciada” no tempo passado, buscando desenvolver recursos internos para enfrentar o futuro, que traz em si, a incerteza e a verdade existencial que limita e delimita as novas etapas futuras.
Os idosos geralmente projetam o futuro bem como suas realizações na perspectiva familiar que o cercam: na pessoa dos filhos, netos, bisnetos, buscando identificar e alcançar seus objetivos, realizações e satisfações nos projetos de vida traçados pelos entes familiares próximos.
Para os idosos, a sensação é que a caminhada pode ser interrompida a qualquer tempo em função do extenso percurso decorrido. Assim, frente ao tempo limitado que se apresenta, passam a olhar em direção à janela do passado, revendo fatos importantes e se alimentando de experiências que geralmente os motivam e conferem mais sentido ao seu caminhar. Quase sempre vivem de retrospectivas, fixos às experiências que deram mais sentido a sua vida, tentando dessa forma driblar os desafios impostos pela idade e que se ampliam dia após dia.
Apesar da morte constituir um fato natural, certo, inevitável, comum e indistinto a todos, ninguém se prepara para recebê-la. O medo do desconhecido e da derradeira viagem desencadeia as sensações de inseguranças e apegos que prejudicam a caminhada espiritual das pessoas.
Apesar dos “reencarnacionistas” defenderem a tese que a vida não se acaba com a morte, e que a libertação do corpo material é apenas uma passagem e que a vida prossegue, mas comumente se observa, que na realidade ninguém esta preparado para dar esse passo, de retorno definitivo à pátria espiritual.