Jornal Oeste

A revolução cultural começou com Antonio Gramsci nascido em 1891 e mais tarde morto 1937 por tuberculose. Preso pelo exército fascista que o considerava uma mente perigosa para o governo de Mussolini, Gramsci em sua solidão dentro de uma cela começou a articular um plano para implantar o comunismo de Karl Marx já que por meio de força bruta, como na ditadura de Lenin na então União Soviética, não estava funcionando. Com isso ele criou um plano complexo no qual via que a ditadura Leninista tomava o poder e depois tentava conscientizar a população de que o socialismo era a melhor opção para o Estado. Porém, muitos grupos e pessoas que se julgavam conservadores e aderentes ao Cristianismo junto a sua moral imposta pela Bíblia para seus seguidores, não aderiram e nem aceitaram a ideia de socialismo no país que por isso houveram tantos conflitos e consequentemente inúmeras mortes.

Eis que surge então as ideias de Antonio Gramsci no diários de cela, mais tarde chamados de “Cadernos do Cárcere”. Nesses diários que só mais tarde foi ganhando força pelas suas ideias, Gramsci dizia que o comunismo não se implantara por meios brutais mas sim pela conscientização da população para só depois tomar o poder e assim não ter oposição para o mesmo, mas para isso, eles precisavam destruir os três pilares da sociedade ocidental, por meio de “Mutações psicológicas e crescentes” como diz Olavo de Carvalho, que são: Direito Romano, Filosofia Grega e Moral Judaico Cristã. Com isso Gramsci tem a Igreja Católica como o principal obstáculo para a implantação do comunismo perfeito.

E como destruiriam esses três pilares? Por meio do senso comum que para Gramsci vem de nossos ancestrais, algo que é automático criado no subconsciente e expressado em nossas ações no dia à dia. E já que o senso comum não está num contexto harmonioso com a ideologia de classes e enraizado fortemente com o Cristianismo representado mais significantemente pela Igreja Católica, aí está a grande questão onde Gramsci viu que só mudando o senso comum, herdado por nós dos nossos ancestrais e do Cristianismo, por um processo longo e silencioso conseguiria destruir os três pilares e inconscientemente fizesse uma “lavagem cerebral” para conscientizar a população que o comunismo é a melhor política à ser implantada.