Artigos / Wilson Fuá

25/01/2018 - 09:12

As eleições e os novos sonhos

                                                             Avaliando o que nos espera nestas eleições, apesar das evidências, o povo ainda acredita em mudanças e enche as suas almas com altas doses de sensação de felicidade, e novamente acredita nas palavras mágicas dos políticos.

               Com o início dos registros das candidaturas, os nomes e os rostos, (novos ou velhos), são apresentados aos eleitores, e estes, como que, meio “idiotizado” e teleguiado pelo poder do marketing político, que massifica as inverdades pelas sequências das repetições de falsas possibilidades de realizações de obras públicas e dizendo que a culpa é da crise,  mas que a partir de janeiro tudo mudará, mas nesta eleição está na cabeça dos eleitores, um grande complicador que afasta os eleitores das eleições, que são as montanhas de corrupção que assola o país inteiro, são os escândalos e mais escândalos.

             Nestas eleições dificilmente os eleitores votarão naqueles, que fizeram dos seus mandatos “um meio” para desviar recursos públicos (para roubar), e com certeza o povo votará com ódio e nojo, e por isso, haverá uma limpeza geral, com as exclusões daqueles que usaram os seus mandatos ocasionar sua própria riqueza; aumentar fortuna; enriquecer-se a custa das vendas da troca das suas ações: deixando de ser um fiscal para ser aprovador de falcatruas, e esses atos foram comprovados e filmados, e que tornaram o maior escândalo da história deste estado: eram políticos  recebendo dinheiro em caixas, em bolsas e bolsos de palitó.

          A grande festa da democracia, não contagiará mais o povo, e como fazer os eleitores  a  acreditar em propostas de um mundo melhor e qual será a fórmula mágica, para mais uma vez fazer o eleitor ficar “idiotizado” pelas  conquistas possíveis e impossíveis?

         A eleição tem o poder mágico, e faz com que o povo  sofrido, e deixa de lado sua tristeza, e perde o poder de consciência, e passa acreditar mais uma vez, pois onde tudo aquilo que parece pouco, pelas propostas dos candidatos, que tem o poder de transformar “o pouco em muito”, e o povo será mais uma vez enganados, e após o seus sagrado voto, o povo seguirá vivendo de momentos  aparentes, até  que as evidências possam indicar o contrário com a sequencia dos mandatos, e os novos escândalos que virão, o povo dirá a sua única verdade: “votamos errado novamente”.

       Por um momento, muitos dos meus contemporâneos passarão a acreditar em pelo menos um candidato, e fará desse o seu “salvador da pátria”, e mesmo sabendo que os seus programas são revestido projetos faraônicos, que dará a ilusão ao povo que tudo será diferente, e que os serviços públicos, agora terão qualidade e com padrão de excelência, e diante de tanto falatórios dos debates e dos horários políticos, aqueles que não têm com quem contar, são transformados, “outra vez” em vítima da eleição, pois antes eram os eleitores que vendiam os seus votos, hoje são os políticos que são comprados pelo poder de plantão.

        Qual a explicação que podemos dar ao povo, e de onde vem, a  falsa afirmativa de que “democracia” tem esse poder de transformar tudo, e leva as pessoas acreditarem que realmente agora basta apertar um botãozinho, no dia primeiro de janeiro, para o  povo receber um pulo na qualidade nas suas vidas, pois entre os candidatos tem de tudo: um Mágico, um Mandrake, um Salvador da Pátria, e entre eles um exímio enganador.
        
A contagem regressiva para as eleições já começou, e os acordos estão no ar:  são ‘troca-troca” de  partidos, são traições dos  falsos companheiros e que afirma publicamente e descaradamente que  os acordos acabaram e não "Ad Eternum". Mas  para ganhar a eleição, os políticos fazem de tudo, e o povo fica naquela: “sabe nada” e  ao fim das festas democráticas, o que resta a multidão é ficar a espera das realizações que nunca chegarão, mas a sua realidade, é ficar  pagando muito impostos e recebendo pouco retorno em forma de serviços públicos de qualidade.

          E assim, o povo continuará a esperar por novas festas da democracia, até chegar às próximas eleições, pois a cada eleição a esperança é renovada para aqueles que não têm com quem contar.  
Wilson Fuá

por Wilson Fuá

É Especialista em Recursos Humanos e Relações Políticas e Sociais
wilsonfua@gmail.com
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