Jornal Oeste

Desde cedo me foi passada uma ‘doutrina’ de preservação de imagem e conduta, a qual estabeleci em minha caminhada como forma de ser aquilo que sou sem a necessidade dos famosos likes nas redes sociais. Apesar de não ser adepta do Facebook há cerca de 4 anos, possuo uma conta pessoal no perfil Instagram.

Eis que observei recentemente algo que me levou à beira da revolta. Ao divulgar uma causa nobre, do Leilão beneficente Flávia Mariano, obtive apenas oito curtidas sendo que as demais postagens em meu perfil possuem mais de cem. O fato me fez passar a semana refletindo sobre os valores da atual sociedade, aquilo que lhes é de interesse e aquilo que lhes é irrelevante.

Também notei que o breve texto por mim escrito na postagem, solicitando colaborações para o leilão, foi de interesse de apenas oito pessoas das cem que provavelmente abaixaram o feed e deram pouca importância.

Alguns podem dizer que é preguiça, eu digo que é futilidade.

Como dizem, a dor do outro só é reconhecida quando se passa pela mesma dor. Não deveria ser assim, afinal solidariedade é um termo que diz respeito à atitudes espontâneas.  

O que pensar de usuários que dão mais atenção à registros pessoais sem cunho solidário do que à uma causa que diz respeito ao bem estar de muitos efermos? A vontade de escrever um ‘textão’ a respeito e postar no mesmo perfil foi grande, mas lembrei-me que não seria dada relevância alguma, a menos que viesse acompanhado de uma foto ‘montada’ ou expositiva. Lamentável.