09/08/2017 - 13:20
Catuaba
Não sei vocês, mas até onde eu sei, a gente não pode trabalhar embriagado, não é mesmo?
Claro que eu não estou falando daquela ressaquinha da segunda-feira, depois de muito churrasquear no domingo, estou falando de estar no meio do expediente e na pausa para o café, você ir lá e mandar uma pinga ou uma catuaba goela abaixo.
Se me contassem eu não acreditaria. Mas o que vou escrever aí embaixo é uma cena diária aqui em Cáceres que eu presenciei várias vezes.
Eu moro atrás do aeroporto da cidade, no caminho para o aterro sanitário de Cáceres, então diariamente, todos os caminhões de lixo da cidade tem que fazer o mesmo caminho que faço para vir para casa.
No caminho temos o nosso mercado do bairro.
Inúmeras vezes, ao parar para fazer minha compra, lá está também parado um dos caminhões de lixo da cidade com seus funcionários.
E não é final de expediente, nem horário de almoço. É no meio da manhã ou da tarde, entre uma ida e vinda para trazer o lixo da cidade para o aterro.
E lá estão eles, motorista e coletores...sentados, degustando calmamente um "corote" de pinga ou catuaba. Terminou a pausa, pegam novamente o caminhão e saem para continuar o serviço.
Resultado desse absurdo: os caminhões passam pela avenida a 70, 80 km/h.
Essa avenida é a Tancredo Neves, onde a pavimentação a desejar já causa inúmeros acidentes.
Agora, visualiza comigo: uma avenida com asfalto ruim, sem nenhuma sinalização, e ainda com caminhões de lixo passando numa velocidade de rodovia, com seus motoristas bêbados, qual a possibilidade disso dar certo?
(Ah, e só pra constar, o pessoal do bairro já solicitou à prefeitura para ser colocada lombadas, justamente para segurar a velocidade desses motoristas. O pedido foi negado.)
por Juliana Giraldini
é publicitária há 20 anos. Ou como ela mesma gosta de falar, é Publicitária Rural ou Fazendeira Criativa. Há 1 ano trocou São Paulo por Cáceres e se diverte criando Logotipos e vacas leiteiras, alimentando galinhas e Redes Sociais, e fazendo queijo, geleias e Anúncios.
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